Mais de cem trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços em offshore no município petrolífero do Soyo terão sido obrigados a votar antecipadamente, sob pena de perderem os seus empregos.
Segundo o representante de UNITA na região, Pedro Francisco Tanda, os visados estão a ser coagidos a votar no partido governamental e a assinar uma declaração a manifestar o desejo de votar antes do pleito de 23 de Agosto.
A porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira, desmentiu, na última sexta-feira, 28 de Julho, a ocorrência de qualquer votação antecipada no país considerando como sendo “falsas” todas as informações a este respeito.
Entretanto, num memorando de mais de dez páginas distribuído a vários órgãos e instituições do Estado angolano incluindo a CNE, no último fim-de-semana, a UNITA diz suspeitar que “o partido-Estado pretende forçar a CNE a organizar a eleição antecipada para os militares, polícias e outros cidadãos que ele pretende colocar de serviço compulsivo no dia do exercício da soberania pelo povo”.