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UNITA admite organizar manifestações contra posse do presidente da CNE


Adalberto da Costa Júnior
Adalberto da Costa Júnior

A UNITA, principal partido da oposição em Angola, promete liderar uma manifestação contra a posse do novo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Manuel Pereira da Silva.

Em declarações à VOA nesta quarta-feira, 26, o presidente daquele partido, Adalberto Costa Júnior, garante que o seu partido não vai admitir que o processo eleitoral seja permanentemente adulterado para perpetuar uma única força no poder.

"Perguntamos ao povo e se este quiser manifestações, não vamos colocar de parte", assegura Costa Júnior, para quem esta situação envergonha o país.

"É legitimo e ético o presidente do júri que escolheu ser presidente, ou seja, ser ele a decidir depois a causa resultante das reclamações? O atual presidente do Supremo devia, por razões éticas e morais, recusar avaliar duplamente o processo, isto é um vicio uma pouca vergonha", acusa.

O líder dos maninhos reitera que ninguém está acima da lei e que não vai admitir mais manipulações.

Para Adalberto Costa Júnior “esta falta de cultura, tolerância e respeito pelo outro tem de acabar”.

O processo da escolha do novo presidente da CNE foi criticado pela oposição e por vários grupos da sociedade civil que chegaram a organizar manifestações que foram reprimidas pela polícia.

O juiz conselheiro do Tribunal Supremo de Angola Agostinho António dos Santos também defendeu que o Parlamento angolano devia suspender o empossamento da tomada de posse de Manuel Pereira da Silva como presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Em entrevista à VOA, o juiz, que também concorreu ao cargo, disse que houve “um conjunto de ilegalidades verificadas durante o processo” e que fazendo as contas do concurso “de acordo com a constituição e lei” seria ele, Agostinho António dos Santos, quem deveria vencer o concurso “com 95 pontos”.

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