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UNITA acredita numa acção da ONU no caso "Man Gena"


Deputados da UNITA e da Renamo em Maputo
Deputados da UNITA e da Renamo em Maputo

O grupo parlamentar da UNITA, na oposição, em Angola, apresentou às Nações Unidas o caso do cidadão angolano Gelson Emanuel Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, que está detido em Moçambique, junto com a sua família, depois de ter fugido de Angola, em Fevereiro, alegadamente por ter recebido ameaças de morte após ter denunciado nas redes sociais ligações de altos oficiais da polícia ao tráfico de droga.

A Representação das Nações Unidas em Angola aconselhou a UNITA a recorrer ao sistema de procedimentos especiais do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Numa leitura a este caso, um analista político admite que esta situação pode prevenir futuras perseguições.

Olívio Kilumbo, quarto vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, que liderou uma delegação que se deslocou a Moçambique para tentar encontrar-se com Man Gena, sem sucesso, diz que ante as recomendações da ONU "estamos a trabalhar nesse sentido”.

Para o analista político Ilídio Manuel, “o mérito desta questão está no facto de prevenir situações que possam não ser favoráveis a angolanos”.

Outra questão que se levanta no país é se existe ou não perseguição contra figuras angolanas que podem ser protegidas no fórum nacional e internacional.

Segundo entendidos na matéria, os Procedimentos Especiais da ONU é o nome colectivo dado a especialistas independentes em direitos humanos mandatados pelo Conselho de Direitos Humanos para tratar de violações de direitos humanos específicas de cada país ou promover certas preocupações temáticas de direitos humanos.

Para Ilídio Manuel existe realmente um aumento de perseguições a jornalistas e activistas angolanos.

“De facto existem perseguições, não só ao Man Gena, como também ao Gangsta, eu próprio fui vítima, existem outros cidadãos que estão a ser perseguidos, vemos, por exemplo, o caso do cidadão Tanasce Neutro que foi preso e julgado com pena suspensa e até agora não foi solto quando já devia estar solto, ou seja, é uma situação que se agrava cada dia que passa”, enumera Manuel.

A Voz da América contactou Eugénio Laborinho, ministro do Interior, mas não obteve qualquer resposta.

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