Cerca de 700 mil crianças vivem numa situação de vulnerabilidade grave no país, desde aquelas que são órfãs até às que nem abrigo têm, estima o representante do Fundo das Nações para as Crianças em Moçambique, Koenraad Vanormelingem. Entre estes menores há um número considerável dos que, devido a essas vulnerabilidades, têm grande probabilidade de virem a tornar-se criminosos.
Vanormelingem falava em Maputo no contexto da cerimónia de passagem do projecto piloto de prestação de serviços comunitários por menores criminosos para a gestão do município de Maputo. Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Justiça desenvolvida a partir de meados do ano passado e que, neste momento, abrange apenas 12 crianças.
A ideia é tentar separar as crianças criminosas que tenham menos de 16 anos de idade e que, por isso, não podem estar detidas nas mesmas instalações prisionais dos adultos.
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