A União Europeia atribuiu 1,3 milhões de euros para apoiar mais de 190 mil pessoas, sobretudo crianças, de comunidades afectadas pela seca nas províncias do sul de Angola.
O padre católico dos Gambos, uma das regiões atingidas na província da Huíla, Pio Wacussanga , saúda o gesto, mas diz que a doação peca por ser tardia.
O sacerdote considera que a melhor solução para o problema da seca e da fome é a criação de condições para que a população possa produzir os seus próprio alimentos. Lamenta que os seus sucessivos pedidos ao governo central não tenham sido atendidos.
O prelado diz que na vizinha Namiba o governo esteve prestes a declarar o estado de emergência devido à seca, enquanto em Angola as autoridades tinham ignorado o problema.
O valor doado pela União Europeia será gerido pela organização não-governamental Visão Mundial em parceria com o departamento nacional de nutrição do Ministério da Saúde de Angola.
Com tal será possível reduzir a mortalidade e morbilidade infantil causada pela desnutrição.
A União Europeia considera "alarmante" a situação de insegurança alimentar no sul de Angola, causada pela falta de chuvas, particularmente nas províncias do Cunene e da Huíla.