A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) realiza o 17º Congresso este fim-de-semana na cidade do Mindelo, Ilha de São Vicente, reunião magna que serve para eleger os novos membros directivos do partido de inspiração cristã.
Na corrida à liderança da UCID estão o actual presidente, António Monteiro, os militantes Carlos Gomes e Teodoro Monteiro.
Natural ilha de Santo Antão, Teodoro diz que entra na corrida para fazer a UCID um partido mais dinâmico e abrangente, visando a evolução dos democratas cristãos e o desenvolvimento do país.
Carlos Gomes afirma que apresenta a sua candidatura à presidência da UCID com o objectivo de contribuir para a renovação e crescimento do partido, porquanto considera que o actual líder já dá sinais de cansaço.
Por sua vez, António Monteiro afirma que volta a se disponibilizar para liderar o partido por entender que ainda pode contribuir para o seu crescimento e fortalecimento.
Apesar das dificuldades, o candidato considera que a formação politica tem dado contributo para a consolidação da democracia e sido a voz dos mais desfavorecidos na sociedade e no Parlamento.
O analista político Daniel Medina considera salutar o aparecimento de três candidaturas, que só contribui para a pluralidade de ideias e fortalecimento dos Democratas Cristãos.
Medina entende que a UCID precisa ser mais acutilante, devendo estender as suas acções de forma ativa aos diferentes pontos do país, porquanto o arquipélago necessita de uma terceira força robusta, tendo em vista a consolidação da democracia.
Recorde-se que a UCID foi criada a 13 de Maio de 1978, na Holanda.
Na abertura democrática em 1991, a UCID ficou fora de jogo nas primeiras eleições pluralistas, já que os responsáveis do partido não entregaram as documentações necessárias a tempo e horas, para a legalização da referida formação.
Neste momento a UCID ocupa o terceiro posto no Parlamento com três deputados, todos eleitos pelo círculo eleitoral de São Vicente.