Links de Acesso

União Europeia e Mercosul anunciam acordo comercial apesar da forte oposição de países europeus


Javier Milei, Presidente da Argentina, Luis Lacalle Pou, Presidente do Uruguai, Ursula von der Leven, presidente da Comissão Europeia, Lula da Silva, Presidente do Brasil, e Gabriel Boric, Presidente do Chile
Javier Milei, Presidente da Argentina, Luis Lacalle Pou, Presidente do Uruguai, Ursula von der Leven, presidente da Comissão Europeia, Lula da Silva, Presidente do Brasil, e Gabriel Boric, Presidente do Chile

Acordo cria uma zona de livre comércio de mais de 700 milhões de pessoas e visa reduzir ou eliminar taxas de importação e exportação

A União Europeia (UE) e o Mercosul concluíram um amplo e controverso acordo comercial, que é contestado pela França e por muitos agricultores europeus.

"Este é um acordo em que todos ganhamos", anunciou a presidente da Comissão Europeia nesta sexta-feira, 6, durante a cimeira do Mercosul, que decorre em Montevidéu, no Uruguai.

O acordo cria uma zona de livre comércio de mais de 700 milhões de pessoas e visa, em essência, reduzir ou eliminar, em alguns casos, as taxas de importação e exportação entre os dois blocos.

Ursula von der Leyen chamou o acordo, que foi negociado durante quase 25 anos, de "um marco verdadeiramente histórico" que constrói pontes comerciais num momento em que "ventos fortes sopram na direção oposta, em direção ao isolamento e à fragmentação".

A organização mais representativa dos agricultores europeus, a COPA-COGECA, reagiu rapidamente contra o acordo e convocou um protesto "relâmpago" em Bruxelas na próxima segunda-feira, 9.

O grupo espera que os governos da UE e d Parlamento “ajam contra os termos deste acordo".

O acordo UE-Mercosul necessita receber o sinal verde de pelo menos 15 dos 27 países-membros do bloco europeu, bem como do Parlamento Europeu.

A França, que foi abalada por protestos sucessivos de fazendeiros dizendo que o acordo traria concorrência desleal, tentou forjar uma minoria de bloqueio de países da UE.

Polónia, Itália, Holanda e a Áustria, todos com governos de direita, se opõem aos termos do acordo, enquanto os executivos da Alemanha, Espanha e Portugal saudaram a conclusão das negociações.

Entretanto, para a entrada em vigor têm de ser elaborados e assinados tratados de cooperação política, cooperação ambiental, livre-comércio, harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias, proteção dos direitos de propriedade intelectual e compras governamentais.

Fórum

XS
SM
MD
LG