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União Europeia deverá financiar tropas do Ruanda e SADC em Moçambique


Paul Kagame, Presidente do Ruanda (esq), e Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique (dir), em Pemba, 25 de Setembro de 2021
Paul Kagame, Presidente do Ruanda (esq), e Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique (dir), em Pemba, 25 de Setembro de 2021

Avião de Nyusi a caminho de Kigali

É agora uma certeza que a União Europeia vai financiar a presença de tropas do Runda e da SADC em Moçambique e tudo indica que o presidente Filipe Nyusi estava esta noite a caminho de Kigali para provavelmente discutir os termos desse apoio com o seu homólogo ruandês Paul Kagame.

Nyusi deixou Bruxelas, na quarta-feira (9) à tarde, e o avião que o transportou para a capital belga estava a caminho de Kigali com a chegada prevista para a meia noite local.

Não foi feito qualquer anúncio oficial da visita de Nyusi ao Ruanda, mas o portal Flightradar24, que monitora vôos no mundo, indicava que o avião que o transportou para capital Belga estava a caminho do Ruanda.

Em Bruxelas, o presidente moçambicano avistou-se com o dirigente da União Europeia Josep Borrell, e disse, depois do encontro, que ambos tinham discutido a situação de terrorismo no norte de Moçambique, incluindo a ajuda financeira para manter tropas do Ruanda e da SADC ali estacionadas.

O financiamento das operações militares na província de Cabo Delgado tem sido uma das questões mantidas no segredo, não se sabendo qual o custo das mesmas e quem tem estado a cobrir até agora esses custos.

A presença da companhia francesa Total na exploração de gás ao largo de Cabo Delgado é um incentivo ao apoio da UE, onde a França joga um papel de grande preponderância e influência.

A Total disse que só regressará às suas actividades quando a segurança da zona estiver garantida e para já isso é visto como só podendo ser garantido com a presença de tropas estrangeiras.

Anteriormente, o chefe das forças miitares da União Europeia, Hervé Bléjan, confirmou ao parlamento europeu que o Ruanda tinha pedido apoio financeiro para as suas tropas em Moçambique.

Bléjan disse, na altura, que Borrell estava “determinado a responder favoravelmente” a esse pedido.

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