O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou por unanimidade uma resolução pedindo sanções contra líderes rebeldes no leste da República Democrática do Congo, assim como outros perturbadores na região.
Os rebeldes do M23 são na sua maioria desertores do exército congolês que se entrincheiraram fortemente na região do Kivu do Norte. Um grupo de cerca de 3000 rebeldes avançou nos últimos dias em direcção à capital regional, Goma. Na Terça-feira entraram na cidade com perto de um milhão de pessoas.
Os 15 países do Conselho de Segurança adoptaram a Resolução 2076, que foi elaborada pela França, condena os ataques dos rebeldes do M23 e exige a sua retirada imediata de Goma. Expressa também a intenção do Conselho de considerar a imposição de mais sanções contra líderes do M23 e aqueles que fornecem apoio externo ao grupo armado.
Um painel de peritos das Nações Unidas que monitorizam as sanções na República Democrática do Congo acusou o vizinho Ruanda de fornecer apoio material ao grupo, uma acusação que Kigali nega. A resolução de terça-feira não menciona o Ruanda pelo seu nome. Mas durante a sessão do Conselho de Segurança, o embaixador do Congo Democrático, Seraphin Ngwej, reiterou a convicção do seu governo de que o Ruanda está a apoiar o M23, particularmente no seu avanço para Goma:
“As operações que levaram à queda de Goma beneficiaram de um planeamento notável e suficiente reabastecimento e particularmente equipamento de visão nocturna. Este e um material que nem as forças armadas do Congo nem a MONUSCO têm nos seus arsenais, ao contrário do Ruanda. Até equipamento de defesa aérea foi usado contra helicópteros de combate das forças armadas do Congo e da MONUSCO.”
MONUSCO é a sigla francesa pela qual é conhecida a força de 17 mil “capacetes azuis” da ONU no Congo Democrático.
O representante do Ruanda na sessão do Conselho de Segurança, Olivier Nduhungirehe, desmentiu as acusações e disse ser tempo para o diálogo – mas entre as partes certas:
“Porque se aprendemos alguma coisa com esta guerra e da queda de Goma, é que uma solução militar é uma jogada que não vai funcionar, e necessário haver um diálogo – mas não um diálogo entre pessoas erradas – e necessário que seja entre os congoleses e aqueles que lutam na República Democrática do Congo.”
Grupos de direitos humanos têm sido muito críticos sobre o alegado apoio do Ruanda aos rebeldes no leste rico em minerais do Congo Democrático. Philippe Bolopion, da Human Righst Watch, disse depois da votação que a resolução é imperfeita pois não menciona “oficiais ruandeses conhecidos pela ONU de terem apoiado atrocidades do M23”. Disse que se o Conselho de Segurança quer proteger civis em Goma, precisa de enviar uma clara mensagem a Kigali.
Os Estados Unidos, que têm sido criticados por proteger o Ruanda, apelaram ao diálogo entre as partes. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nulland, disse terça-feira que Washington pensa que que “o Ruanda tem de fazer parte da solução” e que o governo de Kigali deve usar a sua influência para desmilitarizar a situação e conseguir que o M23 se retire de Goma.
A ONU anunciou terça-feira que a MONUSCO continua a controlar o aeroporto de Goma. A missão tem 1500 tropas em Goma, que efectuam patrulhas e missões de helicóptero como parte dos seus esforços para proteger civis.
A MONUSCO disse haver notícias de que o M23 feriu civis, raptou crianças e mulheres, destruiu propriedades e intimidou jornalistas e indivíduos que têm tentado resistir ao seu controlo.
O exército congolês tem lutado contra rebeldes no leste do país nos últimos meses, levando muitos civis a fugirem da violência.
Os rebeldes do M23 são na sua maioria desertores do exército congolês que se entrincheiraram fortemente na região do Kivu do Norte. Um grupo de cerca de 3000 rebeldes avançou nos últimos dias em direcção à capital regional, Goma. Na Terça-feira entraram na cidade com perto de um milhão de pessoas.
Os 15 países do Conselho de Segurança adoptaram a Resolução 2076, que foi elaborada pela França, condena os ataques dos rebeldes do M23 e exige a sua retirada imediata de Goma. Expressa também a intenção do Conselho de considerar a imposição de mais sanções contra líderes do M23 e aqueles que fornecem apoio externo ao grupo armado.
Um painel de peritos das Nações Unidas que monitorizam as sanções na República Democrática do Congo acusou o vizinho Ruanda de fornecer apoio material ao grupo, uma acusação que Kigali nega. A resolução de terça-feira não menciona o Ruanda pelo seu nome. Mas durante a sessão do Conselho de Segurança, o embaixador do Congo Democrático, Seraphin Ngwej, reiterou a convicção do seu governo de que o Ruanda está a apoiar o M23, particularmente no seu avanço para Goma:
“As operações que levaram à queda de Goma beneficiaram de um planeamento notável e suficiente reabastecimento e particularmente equipamento de visão nocturna. Este e um material que nem as forças armadas do Congo nem a MONUSCO têm nos seus arsenais, ao contrário do Ruanda. Até equipamento de defesa aérea foi usado contra helicópteros de combate das forças armadas do Congo e da MONUSCO.”
MONUSCO é a sigla francesa pela qual é conhecida a força de 17 mil “capacetes azuis” da ONU no Congo Democrático.
O representante do Ruanda na sessão do Conselho de Segurança, Olivier Nduhungirehe, desmentiu as acusações e disse ser tempo para o diálogo – mas entre as partes certas:
“Porque se aprendemos alguma coisa com esta guerra e da queda de Goma, é que uma solução militar é uma jogada que não vai funcionar, e necessário haver um diálogo – mas não um diálogo entre pessoas erradas – e necessário que seja entre os congoleses e aqueles que lutam na República Democrática do Congo.”
Grupos de direitos humanos têm sido muito críticos sobre o alegado apoio do Ruanda aos rebeldes no leste rico em minerais do Congo Democrático. Philippe Bolopion, da Human Righst Watch, disse depois da votação que a resolução é imperfeita pois não menciona “oficiais ruandeses conhecidos pela ONU de terem apoiado atrocidades do M23”. Disse que se o Conselho de Segurança quer proteger civis em Goma, precisa de enviar uma clara mensagem a Kigali.
Os Estados Unidos, que têm sido criticados por proteger o Ruanda, apelaram ao diálogo entre as partes. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nulland, disse terça-feira que Washington pensa que que “o Ruanda tem de fazer parte da solução” e que o governo de Kigali deve usar a sua influência para desmilitarizar a situação e conseguir que o M23 se retire de Goma.
A ONU anunciou terça-feira que a MONUSCO continua a controlar o aeroporto de Goma. A missão tem 1500 tropas em Goma, que efectuam patrulhas e missões de helicóptero como parte dos seus esforços para proteger civis.
A MONUSCO disse haver notícias de que o M23 feriu civis, raptou crianças e mulheres, destruiu propriedades e intimidou jornalistas e indivíduos que têm tentado resistir ao seu controlo.
O exército congolês tem lutado contra rebeldes no leste do país nos últimos meses, levando muitos civis a fugirem da violência.