Na Guiné-Bissau, cresce o movimento contra a dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP), uma vontade manifestada pelo presidente Umaro Sissoco Embalo, alegando crise política.
Nesta quinta-feira, 17, o Conselho de Estado e representantes de partidos com assento parlamentar advertiram Sissoco Embalo a apostar no diálogo para evitar a dissolução do parlamento.
Após uma reunião com o estadista, o porta-voz do Conselho de Estado, Braima Camará, disse que "unanimemente aconselhamos o presidente da República a continuar o esforço de busca de soluções através de um diálogo inclusivo".
Para Camará, "não há nada que ponha em causa o regular funcionamento das instituições da República, mas cabe ao presidente decidir".
Antes de reunir com o Conselho de Estado, um órgão de consulta, Sissoco Embalo discutiu a mesma questão com representantes de partidos que formam o parlamento guineense, que repisaram que não é oportuno dissolver aquele órgão.
"Neste momento não existe nenhuma crise", disse Cipriano Cassama, presidente da ANP e primeiro-vice presidente do PAIGC, vencedor das últimas eleições legislativas.
"Para o PRS, a dissolução do parlamento, neste momento não é oportuna, por isso pedimos a ponderação por parte do chefe de Estado,” reforçou Florentino Mendes Pereira, o secretário-geral daquele partido.