Uma mulher morre a cada seis horas no Brasil apenas por ser mulher.
A conclusão é do relatório publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta quinta-feira, 7, véspera do Dia Internacional da Mulher.
Em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio, o maior número registado desde que a lei contra a prática foi criada, em 2015.
O número também é 1,6% maior que o de 2022.
Dezoito dos 27 Estados mais o Distrito Federal apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional, ou seja de 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres.
Mato Grosso liderou a lista, com 2,5 mulheres mortas por 100 mil.
Em segundo lugar, os Estados mais violentos para mulheres foram Acre, Rondônia e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil, enquanto o Distrito Federal ocupa a terceira posição com uma taxa foi de 2,3 por 100 mil mulheres.
Desde que a lei contra feminicídio foi criada, quase 10,7 mil mulheres foram vítimas do crime no país. A pesquisa não possui bases anteriores porque não havia uma legislação sobre o assunto.
O Fórum apontou também que 71,9% das vítimas de feminicídio tinham entre 18 e 44 anos de idade, 16,1% delas entre 18 e 24 anos, 14,6%, entre 25 e 29 anos, 13,2%, entre 30 e 34 anos, 14,5%, entre 35 e 39 anos e 13,5%, entre 40 e 44 anos.
Em relação ao perfil étnico racial, há uma prevalência de mulheres pretas e pardas entre as vítimas.
Quanto aos autores dos crimes, 73 por cento deles foram cometidos por um parceiro ou ex-parceiro íntimo da vítima, 10,7% das vítimas foram assassinadas por familiares, 8,3% dos autores são desconhecidos e 8% dos casos foram perpetrados por outros conhecidos.
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