A oposição de Cabo Verde votou contra a proposta de lei de aumento da dívida pública de 3 para 4.5 por cento, o que o primeiro ministro Ulisses Correia e Silva considera incompreensível, uma vez que a medida era destinada a ajudar a lutar contra a Covid-19.
Correia e Silva disse que oposição não tem sentido patriótico ao reprovar a medida que para o Governo iria relançar a economia.
Ele disse que trata-se de uma atitude incompreensível, no momento em que todos deviam dar as mãos em prol do país e não pensar nos interesses próprios e eleitorais.
"Significa não disponibilizarem para apoiar o país com mais recursos no combate a pandemia", disse Correia e Silva.
Gostos com assistência técnica e honorários
Economistas apresentam pontos diferentes sobre o assunto.
António Baptista, que entende que a divida pode ser aumentada face à covid, disse que o chumbo da oposição tem a ver com questões de "natureza politica", uma vez que o MPD antes de ganhar as eleições foi muito crítico em relação ao endividamento do país.
Mas para Agnelo Sanches não se justifica o aumento da dívida, por si já elevada, quando no orçamento para 2021 dota-se excessivos recursos na rubrica "assistência técnica e honorários".
"Nós temos um orçamento que fala de rendimentos e preocupação para ajudar as famílias ao mesmo tempo que aumenta despesas em rubricas menos importantes .... é um contrassenso", anota Sanches.