Com atendimento baseado nas receitas ou compra de materiais técnicos para casos específicos, as pacientes que recorrem ao maior centro materno-infantil do Uíge estão a ser atendidas pelas equipas médicas em serviço por falta de medicamento suficiente.
Em entrevistas à VOA, Albertina e Amélia, disseram ter sido atendidas apenas com receitas.
“Nós todas, estamos a comprar luvas e o medicamento o cidadão é que compra”, contam as famílias das parturientes.
Afonso Almeida, que acompanhou o parto de uma irmã, que foi submetida a uma intervenção cirúrgica e conta:
“Tivemos que comprar os antibióticos e outros materiais, ao todo 12.800 kwanzas, temos que admitir que a maternidade não tem medicamento” declarou.
No Hospital Geral do Uíge a situação não foi diferente, de acordo com os pacientes.
“Fui atendido com receita e, sem medicamento, disseram que não há” confessa Almeida Fonseca.
As farmácias e postos médicos estão chegios devido à procura de serviços qualificados e humanizados.
A VOA procurou ouvir a versão da direcção provincial da Saúde mass sem sucesso.
De recordar que na última entrevista prestada pela directora provincial da saúde a VOA, Luísa Cambuta, confessava que a província do Uíge beneficiava de cinco contentores de medicamentos financiados pelo banco Mundial.