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UE pede inquérito aos confrontos mortais em Cafunfo


Vítimas dos confrontos em Cafunfo, Lunda Norte, Angola, 30 Janeiro 2021
Vítimas dos confrontos em Cafunfo, Lunda Norte, Angola, 30 Janeiro 2021

“Ficamos com preocupações muito sérias”, disse a embaixadora da União Europeia no final de um encontro com o ministro da Justiça e Direitos Humanos

A embaixadora da União Europeia em Luanda defendeu a realização de um inquérito aos confrontos mortais de 30 de Janeiro em Cafunfo e revelou que o bloco está preocupado com o respeito pelos direitos humanos

“Ficamos com preocupações muito sérias”, revelou Jeannette Seppen aos jornalistas nesta quinta-feira, 18, no final de um encontro com o ministro da Justiça e Direitos Humanos.

“E é por esta razão que pedimos este diálogo com o ministro da Justiça e Direitos Humanos hoje e vamos continuar a seguir a situação, ver como se faz o seguimento e vamos continuar a falar com todos”, acrescentou Seppen, quem reiterou que “com certeza a União Europeia pede que seja feito um inquérito sobre o que aconteceu no dia 30 de Janeiro na toda a complexidade e em diálogo com todos que têm um papel e intervenientes no processo”.

A diplomata europeia que se referiu a “uma conversa muito aberta onde falamos das diferentes perspectivas sobre o que aconteceu”, destacou quea parceria entre Bruxelas e Luanda abarca “todos os assuntos, inclusive os direitos humanos”, mas escusou-se a dizer se houve violações dos direitos humanos”, sem que haja um inquérito.

O ministro Francisco Queiroz não fez comentários à imprensa.

Os confrontos de Cafunfo, entre forças de segurança e manifestantes convocados pelo Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe que pretendiam pedir diálogo com o Governo sobre a situação de miséria na vila, terminaram em mortes, com o Governo a falar sem seis vítimas, a Amnistia Internacional a revelar ter provas de 10 mortes e a UNITA, CASA-CV e PRS a garantir a existência de 23 mortes e 10 feridos.

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