Os embaixadores da União Europeia (UE) deram esta quarta-feira luz verde à criação de uma missão militar em Moçambique para ajudar a treinar as suas forças armadas na luta contra os jihadistas no norte do país, disseram os diplomatas.
Uma insurreição de militantes ligados ao grupo do Estado islâmico devastou a província rica em gás de Cabo Delgado desde finais de 2017, reclamando cerca de 3.000 vidas e deslocando 800.000 pessoas.
Portugal já está a dar formação às tropas moçambicanas - e os instrutores militares de Lisboa no terreno constituirão cerca de metade da nova missão da UE.
Um diplomata europeu sénior afirmou que outros países, incluindo França, Itália, e Espanha, deverão fornecer pessoal para a missão.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco de 27 nações deverão assinar formalmente a missão numa reunião a 12 de Julho.
A aprovação da missão de formação da UE vem na medida em que as potências regionais procuram também reforçar o seu apoio à luta de Moçambique para esmagar a insurreição.
Na semana passada, os 16 países da África Austral no bloco da SADC aprovaram o destacamento de forças, uma vez que o governo moçambicano disse estar aberto a militares estrangeiros no terreno para combater os jihadistas.
(AFP/VOA)