A maior central nuclear da Europa, Zaporizhzhia, na Ucrânia foi atacada pelas forças russas nas primeiras horas desta sexta-feira, 4, no horário local, e está em chamas, revelou o presidente da câmara de uma cidade próxima que pediu o anonimato.
A central está localizada perto de Enerhodar, uma cidade geradora de energia crucial no rio Dnieper, a cerca de 700 quilómetros a sudeste de Kiev, e produz cerca de 25% da energia da Ucrânia.
As forças russas atacaram a instalação através de um dos seis reactores da central, mas o director adiantou ao canal televisivo Ucrânia 24 que a segurança já foi restaurada.
O porta-voz da central nuclerar, Andriy Tuz, disse à televisão ucraniana que o reactor em chamas estava em reforma e fora de operação, mas, em declarações à AP, afirmou ser urgente apagar as chamas porque há combustível no interior.
Tuz acrescentou que os bombeiros tentavam apagar o incêncio, mas foram alvejados pelas forças russas.
Corredor humanitário e mais sanções
Entretanto, na Bielorrússia, as equipas negociadoras da Rússia e da Ucrânia acordaram abrir um corredor humanitário para levar ajuda aos ucranianos e marcaram uma terceira ronda de conversações.
Em Washington, o Presidente Joe Biden anunciou mais uma série de sanções contra oligarcas próximos de Vladimir Putin e disse ter pedido ao Congresso 10 mil milhões de dólares para ajuda ao povo da Ucrânia.
"Hoje anuncio que adicionamos dezenas de nomes à lista, incluindo um dos bilionários mais ricos da Rússia, e proibi viagens para a América de mais de 50 oligarcas russos, suas famílias e seus associados próximos", disse Biden na quinta-feira, 3, antes de uma reunião do Governo.
"E vamos continuar a apoiar o povo ucraniano com assistência directa”, acrescentou.
Entre os novos alvos das sanções americanas está Alisher Usmanov, um dos indivíduos mais ricos da Rússia.
As autoridades alemãs apreenderam o seu iate, no valor de 600 milhões de dólares.
A lista de sanções também inclui alguns dos amigos mais antigos de Putin, um ex-parceiro de judo e outros com ligações ao mercenário Wagner Group, bem como o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov.