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Ucrânia: Ataque russo em Dnipro faz 25 mortos e 73 feridos


Dnipro,  Jan. 15, 2023.
Dnipro,  Jan. 15, 2023.

O número de mortos num ataque de míssil russo contra um prédio de apartamentos de nove andares na cidade de Dnipro, no sudeste da Ucrânia, subiu para 25, neste domingo (15), informou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, enquanto equipas de resgate tentavam retirar mais sobreviventes dos destroços.

Trabalhadores usaram um guindaste para tentar alcançar as pessoas presas nos últimos andares do prédio de 1.700 moradores, algumas das quais pedindo ajuda com luzes dos seus celulares.

"As operações de busca e resgate e o desmantelamento de elementos estruturais perigosos continuam. Ininterruptamente. Continuamos a lutar por todas as vidas", disse o líder ucraniano.

Zelenskyy disse que 73 pessoas ficaram feridas, no ataque de sábado, e 39 foram resgatadas até a tarde de domingo.

O general Valerii Zaluzhny, comandante-em-chefe das forças armadas ucranianas, disse que a Rússia disparou 33 mísseis de cruzeiro no sábado, 21 dos quais foram abatidos. O comando da Força Aérea disse que o míssil que atingiu o prédio era um Kh-22 lançado da região de Kursk, na Rússia, mas que a Ucrânia não possui um sistema capaz de interceptar esse tipo de arma.

O Ministério da Defesa da Rússia reivindicou a responsabilidade pelos ataques com mísseis na Ucrânia, mas não mencionou o ataque ao edifício residencial Dnipro. Alguns dos moradores do prédio disseram que não tinha valor militar estratégico.

"Todos os alvos designados foram atingidos", disse o ministério no Telegram. "O objectivo do ataque foi alcançado." Ele disse que mísseis foram disparados "no sistema de comando e controle militar da Ucrânia e instalações de energia relacionadas".

Infraestruturas também foram danificadas nas regiões de Lviv, Ivano-Frankivsk e Odesa, bem como em Kharkiv e Kyiv pela onda de mísseis russos.

As autoridades locais informaram que a defesa aérea da Ucrânia derrubou mísseis russos em Mykolaiv, Odesa, Kyiv, Khmelnytskyi, Vinnytsia e Ivano-Frankivsk.

Os ataques causaram apagões de emergência em várias regiões, como a área de Kharkiv e a cidade de Kharkiv, no nordeste – a segunda maior cidade da Ucrânia. No oeste de Lviv Oblast, o governador, Maksym Kozytskyi, disse que pode haver interrupções no fornecimento de energia e água devido a danos causados por mísseis.

Outra instalação de energia foi atingida no oeste de Ivano-Frankivsk Oblast, de acordo com a governadora Svitlana Onyshchuk.

Poucas horas depois dos ataques com mísseis de sábado, a Grã-Bretanha prometeu enviar tanques Challenger 2 à Ucrânia para ajudar a repelir a invasão russa.

O gabinete do primeiro-ministro Rishi Sunak disse que os tanques seriam enviados nas próximas semanas, com cerca de 30 canhões automotores AS-90 a seguir. Ele disse que o treinamento para as tropas ucranianas sobre como usar as armas e os tanques começará em breve.

O Challenger 2 é o principal tanque de guerra da Grã-Bretanha. Ele foi projectado para atacar outros tanques e está em serviço desde 1994, de acordo com o exército.

O Ministério da Defesa da Grã-Bretanha disse, no domingo, que existe a possibilidade de a Rússia estender o limite de idade para recrutamento militar de 27 para 30 anos, uma medida que permitiria às forças russas aumentar o seu recrutamento em, pelo menos, 30%.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que apoia a medida, de acordo com o ministério britânico, que acrescentou: “As autoridades russas provavelmente estão a sondar as reações do público”.

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