Os 26 militantes, amigos e simpatizantes da UNITA detidos na sequência dos confrontos entre membros da daquele partido e do MPLA, no poder, a 19 de Março, no Município do Sanza Pombo, na província angolana do Uíge, foram libertados na tarde desta sexta-feira, 22.
Depois de o Tribunal Provincial do Uíge ter indeferido o primeiro pedido de habeas corpus, os advogados e recorreram ao tribunal de relação, que decidiu soltar os acusados que estravam detidos desde o dia 24 de Março, sem julgamento.
Um dos advogados de defesa, Francisco Soares, contou à VOA que o tribunal mandou soltar os arguidos por não ter provas materiais do crime em que foram acusados.
"Nós tínhamos remetido um habeas corpus no tribunal de primeira instancia, que indeferiu o habeas corpus, o tribunal de relação apreciou a matéria dos factos e a matéria de direito e não houve matéria sustentadora para poder manter a privação dos arguidos, não havia provas suficientes para poder acusar os arguidos como os autores materiais do crime, analisando esses todas pormenores o tribunal de relação concluiu soltar os arguidos nos termos da lei", sublinhou Francisco Soares.
A 19 de Março, apoiantes dos dois maiores partidos de Angola entraram em confrontos em Sanza Pombo, dos quais resultaram 20 feridos e 26 detidos, todos da UNITA.
Ambos lados acusaram-se mutuamente pelos confrontos.