Técnicos da justiça e administrativos da Procuradoria Geral da República (PGR) marcaram uma greve geral de 24 a 28 de agosto para forçar o órgão a assumir os compromissos que constam do caderno reivindicativo de 2014, sobretudo no que diz respeito ao regime remuneratório da carreira e as respetivas promoções.
“O que faz neste momento novamente haver greve é o fato de que no dia 7 de agosto os oficiais de justiça viram os seus salários atualizados a nível nacional, mas os técnicos da justiça da Procuradoria-Geral da República não tiveram o mesmo tratamento”, disse à VOA Lourdes Lima, secretária do Sindicato dos Tecnicos e Administrativos no Namibe, que critica o que chama de “discriminação de beneficiar uns e outros não, quando todos descontam para o mesmo cofre”.
Lima reiterou que se até o dia 20 de agosto, a situação não for regularizada, “vamos fazer esta paralisação a nível nacional, obedecendo obviamente as regras da situação pandémica”.
A VOA sabe que vários sindicatos na província do Namibe manifestaram a sua solidariedade para com os técnicos da PGR na luta pela dignificação dos funcionários do sector.
“A união faz a força, diz-se há muito, e concerteza havendo solidariedade em torno de uma causa que é justa e para que se reduzam as assimetrias, de fato é de louvar se vários sindicatos se juntarem à causa”, sublinhou Lourdes Lima.
Não houve ainda qualquer reação da PGR ou do Ministério da Justiça.