Pelo menos 81 jornalistas estão presos na Turquia, número representa quase um terço de todos os profissionais de comunicação detidos em todo o mundo em 2016.
A denúncia é do Comité de Protecção dos Jornalistas que revela um registo de 259 jornalistas presos este ano.
Os 81 jornalistas presos na Turquia foram acusados de "actividade anti-estatal" pelo Presidente turco após a tentativa de golpe de Estado falhada em Julho.
Em resposta, Recep Tayyip Erdogan reprimiu jornalistas, académicos, militares e funcionários civis do Governo e mais de 100 mil pessoas foram afastadas do seu posto de trabalho.
China, com 38 presos, e Egipto, com 25, seguem a Turquia na lista dos países com mais profissionais de comunicação presos.
Além do Egipto, no continente africano surgem Eritreia, com 17 presos, Etiópia (16) Gâmbia (3), Nigéria (2) e Camarões, Tunísia, Mauritânea e Zâmbia, todos com um jornalista detido.
Na América Latina, Cuba, com dois casos, e Venezuela e Panamá, com um cada, compõem a lista, enquanto em Israel e nos territórios palestinos foram detidos sete jornalistas.
No Médio Oriente, Irão lidera com oito profissionais presos, seguido da Síria (7) e Arábia Saudita (6).
Os demais casos registados pelo Comité de Protecção dos Jornalistas, com sede em Nova Iorque, estão na Ásia.