Doze tunisinos que tentavam emigrar ilegalmente na Europa, incluindo bebés e mulheres, morreram afogados quando o barco em que se encontravam naufragou ao largo da ilha turística de Djerba, no sudeste da Tunísia, disse uma fonte judicial à AFP na segunda-feira, 30.
Vinte e nove pessoas foram resgatadas no acidente de causa desconhecida, que ocorreu de madrugada. As 12 vítimas, “oriundas de várias regiões da Tunísia”, são “cinco homens, quatro mulheres e três bebés”, disse o porta-voz do tribunal de Medenine, Fethi Baccouche, que não indicou o número inicial de passageiros nem informações sobre eventuais desaparecidos.
As unidades da guarda costeira intervieram para “prestar assistência a um barco que se afundava e que transportava um grupo de pessoas, tunisinos e ‘estrangeiros’ (termo utilizado para designar os africanos subsarianos, nota da redação)”, declarou a Guarda Nacional em comunicado. A guarda costeira foi “alertada por quatro passageiros que regressaram a nado à costa”, segundo a Guarda Nacional.
Juntamente com a Líbia, a Tunísia, cuja costa se encontra, em alguns locais, a menos de 150 km da ilha italiana da Sicília, é o principal ponto de partida no Norte de África para os migrantes que procuram atravessar o Mediterrâneo em direção à Europa.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes da África subsariana, fugindo da pobreza e dos conflitos nos seus próprios países, nomeadamente do Sudão e do Iémen, tentam a perigosa travessia do Mediterrâneo a partir da costa tunisina.
Milhares de tunisinos tentam também sair ilegalmente do seu país, face à deterioração da situação económica e às elevadas tensões políticas desde o golpe de força do Presidente Kais Saied no verão de 2021.
Mais de 1300 migrantes morreram ou desapareceram em 2023 em naufrágios ao largo da costa tunisina, de acordo com o FTDES.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), na última década, mais de 30 000 migrantes morreram no Mediterrâneo, incluindo mais de 3 000 no ano passado.
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