Três anos após a posse de João Lourenço como Presidente de Angola, a 26 de setembro de 2017, analistas em Luanda são de opinião que as suas políticas perderam fôlego e o pais está numa armadilha permanente.
Para tirar o país das sucessivas recessões, tão logo assumiu a “Cidade
Alta”, João Lourenço avançou com medidas pragmáticas em busca da
estabilidade macroeconómica.
O combate à corrupção, ao monopólio, à bajulação e ao nepotismo são
algumas das principais medidas eleitas pelo actual Presidente, mas o alcance das políticas e programas definidos não têm tido o sucesso desejado.
Três anos depois do país conhecer o terceiro Presidente da República,
nem tudo corre como previsto e a sociedade questiona-se sobre o
futuro, a julgar pela difícil situação económica e social atual.
No espaço de três anos de governação, João Lourenço assumiu
publicamente a metáfora “marimbondo” para rotular aqueles
governantes politicamente expostos que saquearam o pais e
delapidaram as riquezas dos angolanos durante a gestão de José
Eduardo dos Santos, quem fixou residência em Barcelona,a Espanha.
Ao receber um Estado super-dependente do petróleo, com desequilíbrio
nos principais indicadores da economia, monopólios e oligopólios
constituídos, além de um ambiente de negócios pouco atraent para os
investidores, sobretudo os estrangeiros, o Governo de João Lourenço
aprovou um Plano Intercalar que funcionou entre Novembro de 2017 e
Março de 2018.
O Presidente tem hoje desafios enormes, até ao final do seu primeiro
mandato, que passam pela consolidação da estabilidade da economia,
através do aumento da produção interna nos sctores da agricultura,
indústria transformadora, pescas, serviços, entre outros, melhorar a
oferta de emprego e devolver o poder de compra às famílias angolanas.
Entretanto, a pandemia do novo coronavírus, que o assola o mundo,
também veio destapar o véu e agravar ainda mais a profunda crise que
o país vive desde 2014 e o clima de descontentamento generalizado faz
dos angolanos um povo em desespero e sem confiança nos vários
programas que são anunciados.
As expectativas criadas a partir de 2017 estão, praticamente, em
“banho maria”, e poucos acreditam que o lema, “melhorar o que
está bem e corrigir o que está mal” tenha pernas para andar.
Nesta edição da Janela de Angola, o analista político Olívio Kilumbo, o economista Yuri Quixina e o deputado da UNITA, Joaquim Nafoia analisam os três anos de João Lourenço.
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