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Trump fala à nação com discurso claro sobre suas políticas, mas conciliador


Estado da União é hoje
Estado da União é hoje

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve pressionar democratas a aprovarem o financiamento de seu tão prometido muro na fronteira com o Méxixo no seu discurso sobre oEstado da União nesta terça-feira, 5, mas não vai declarar uma emergência nacional para conseguir fundos fora do orçamento do Estado.

Como é tradicional, numa sessão conjunta do Congresso, Trump provavelmente causará atritos com comentários sobre a política imigratória, depois da sua exigência de 5,7 mil milhões de dólares para a construção do muro ter desencadeado a maior paralisação do Governo da história.

Milhões de norte-americanos devem acompanhar o discurso pela televisão, dando a Trump umaoportunidade única para explicar por que acredita que seja necessária uma barreira na fronteira sul com o México.

O discurso foi adiado numa semana devido à paralisação, encerrada a 25 de Janeiro.

Quando Trump estiver no centro da tribuna da Câmara dos Deputados, bem atrás dele estará sentada a sua maior adversária no Congresso, a democrata Nancy Pelosi, que se tornou presidente da Câmara depois do seu partido ter assumido o controlo da casa nas eleições de Novembro.

Pelosi não tem dado sinais de que recuará na sua oposição à exigência de financiamento do muro, o que levou Trump a cogitar declarar uma emergência nacional, para transferir fundos com outros destinos sem uma acção do Congresso.

Uma fonte próxima do Presidente disse que não se espera dele tal medida, que provavelmente seria contestada com rapidez pelos democratas nos tribunais.

Ao invés disso, ele instará uma comité do congresso a conseguir um acordo sobresegurança de fronteira até o dia 15 de fevereiro.

“Ele preparará o cenário”, disse a fonte.

O discurso de Trump também oferecerá um gesto de paz aos opositores, tendo em vista a eleição de 2020, em áreas que ele vê com potencial para acordos bipartidários, como melhorias na infraestrutura e custos menores para os remédios e a saúde.

Uma autoridade sénior da Administração disse que Trump “incentivará o Congresso a rejeitar a política da resistência e da retaliação e, em vez disso, adoptar um espírito de cooperação e concessão para que possamos consegui-lo”.

Trump também tratará de política externa, o que incluirá expressar apoio a um esforço para coagir o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a renunciar, declarar o grupo Estado Islâmico praticamente derrotado e talvez anunciar onde voltará a se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

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