Links de Acesso

Trump encerra convenção com discurso para "unir o nosso país"


Donald Trump na Convenção Nacional Republicana, 2024
Donald Trump na Convenção Nacional Republicana, 2024

É a primeira vez que Donald Trump vai discursar desde a tentativa de assassinato.

Donald Trump vai ser recebido como um herói na noite de quinta-feira, 18, quando aceitar a nomeação do Partido Republicano para se candidatar à presidência dos EUA, num discurso que encerra a Convenção Nacional Republicana dominada pelo recente atentado contra a vida do ex-presidente.

Trump, de 78 anos, vai discursar na convenção em Milwaukee, no estado de Wisconsin, na esperança de ganhar força para a vitória nas eleições de novembro e para um segundo mandato na Casa Branca.

Os apoiantes têm feito fila durante toda a semana para aplaudir o antigo presidente pela sua bravura desde a tentativa de assassinato no sábado por um atirador solitário, num comício na Pensilvânia.

Donald J. Trump Jr. discursa durante a Convenção Nacional Republicana na quarta-feira, 17 de julho de 2024, em Milwaukee.
Donald J. Trump Jr. discursa durante a Convenção Nacional Republicana na quarta-feira, 17 de julho de 2024, em Milwaukee.

Enquanto alguns dos seus fiéis culpavam a retórica dos democratas pelo ataque, Trump disse que tinha rasgado uma versão mais agressiva do seu discurso principal em favor de um para "unir o nosso país".

"Estou grato por o irmos ouvir. É um milagre que a sua vida tenha sido poupada e acredito mesmo que foi a mão de Deus", disse à AFP Teena Horlacher, 50 anos, delegada da convenção no Utah.

"Gostaria muito que ele falasse sobre o sábado, sobre os seus sentimentos".

Trump tem visto a sua liderança nas sondagens aumentar desde que o péssimo desempenho do Presidente Joe Biden no debate televisivo do mês passado, que lançou o Partido Democrata no caos.

A campanha republicana tem vindo a aumentar as hipóteses de Trump em redutos democratas como o Minnesota e a Virgínia, o que poderá forçar Biden a desviar fundos e recursos humanos da defesa da sua "muralha azul" no Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

O discurso de Trump na quinta-feira à noite, 18, será seguido na televisão e online por milhões de pessoas, encerrando a convenção com a promessa do que a sua equipa chama de "uma nova era de ouro para a América".

Controlo total

O discurso de Trump encerra quatro dias de discursos de eleitos, artistas, figuras da indústria e cidadãos americanos que se misturaram com cerca de 50.000 republicanos presentes no evento.

O encontro começou na segunda-feira, 15, com uma votação para confirmar Trump como o candidato do partido, depois de ter vencido as primárias em quase todos os estados.

Esta foi a primeira convenção sobre a qual Trump teve controlo total, depois de uma edição de 2016 dificultada pelas divisões partidárias e de uma segunda edição em 2020 condicionada pela pandemia de Covid-19.

O programa foi concebido em torno da imagem de Trump, com temas para cada dia que reproduzem o seu grito de guerra 'Make America Great Again' (Tornar a América Grande de Novo).

O antigo presidente deu o tom quando entrou, lentamente, na arena do Fiserv Forum no dia da abertura - com um ar emocionado e uma orelha enfaixada, apenas dois dias após o tiroteio.

A semana também viu Trump nomear o senador de direita J.D. Vance como seu companheiro de corrida.

JD Vance selecionado para vice-presidente de Trump
please wait

No media source currently available

0:00 0:03:44 0:00

O próprio Trump foi uma figura diminuída após a sua derrota nas eleições de 2020 e um motim subsequente no Capitólio em Washington pelos seus apoiantes, mas ele passou grande parte dos últimos quatro anos a remodelar a política republicana.

Instalando aliados próximos, incluindo a sua nora Lara Trump no Comité Nacional Republicano, o mercurial magnata esmagou eficazmente a dissidência no seio do partido.

Trump está cada vez mais confiante em ganhar as eleições - apesar dos múltiplos problemas legais e de duas impugnações que ensombram o seu primeiro mandato - enquanto Biden está a sofrer com as fracas sondagens e as preocupações com a sua saúde.

Aos 81 anos, Biden tem enfrentado crescentes apelos do seu próprio partido para abandonar a corrida, e sofreu outro golpe na quarta-feira, 17, quando lhe foi diagnosticado Covid-19.

"Há um claro contraste entre a força do Presidente Trump e a fraqueza do Presidente Biden", disse à AFP o delegado do Mississippi, Clifton Carroll.

"E penso que ele vai expandir isso e realmente enviar uma mensagem que todos os Estados Unidos da América podem apoiar, sejam eles republicanos, democratas ou independentes".

Fórum

XS
SM
MD
LG