O candidato presidencial do Partido Repubicano às eleições de 5 de novembro nos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 8, que o direito ao aborto deve ser decidido pelos estados de todo o país, em vez de uma lei federal.
"Os estados devem escolher, por voto ou por legislação, ou talvez por ambos. Qualquer que seja a sua decisão, deve ser lei", afirmou Trump num vídeo, no qual se alinha com a decisão do Supremo Tribunal (ST) de 2022 que anulou o direito constitucional ao aborto.
O antigo presidente não pediu uma proibição nacional do aborto.
No passado, Trump defendeu direito ao aborto antes de se tornar uma figura política nacional em 2015, mas depois, como presidente, nomeou três conservadores para o ST que ajudaram a anular a lei federal que vigorou durante quase 50 anos.
Ele hesitou durante meses pronunciar-se sobre tema controversial antes das eleições em que vai defrontar o presidente democrata Joe Biden, que apoia o direito ao aborto.
No vídeo, o candidato republicano sublinhou ser “fortemente a favor de exceções para violação, incesto e proteção da vida da mãe”, uma posição que alguns opositores do aborto não sustentam.
Ele também afirmou apoiar “fortemente” o acesso à fertilização in vitro para “casais que tentam ter um bebé precioso".
Até agora, 14 estados já proibiram o aborto e outros dois o restringiram após seis semanas da concepção.
Em contraste, eleitores em vários outros estados, incluindo alguns maioritariamente republicanos, decidiram em referendo codificar o direito ao aborto nas suas constituições estaduais.
Fórum