O Presidente Donald Trump perdoou na terça-feira, 22,15 pessoas, entre elas aliados republicanos, um dirigente da campanha de 2016 preso na investigação sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e ex-contratados do Governo condenados num massacre de 2007 em Bagdade, no Iraque.
Trump também comutou as sentenças a mais cinco pessoas.
Na lista dos perdoados do Presidente, estão os ex-representantes republicanos Duncan Hunter e Chris Collins, enqaunto o também antigo deputado Steve Stockman teve a pena comutada.
Collins, o primeiro membro do Congresso a endossar Trump para ser Presidente, foi condenado a dois anos e dois meses de prisão depois de admitir que ajudou o filho e outros colegas a evitar 800 mil dólares em perdas no mercado de acções, com informações previlegiadas.
Hunter foi condenado a 11 meses de prisão após se declarar culpado de roubar fundos de campanha e gastar o dinheiro em passeios com amigos até em festa de aniversário da filha.
George Papadopoulos, conselheiro de campanha de 2016 e cuja conversa involuntariamente ajudou a desencadear a investigação na Rússia que toldou a Presidência de Trump por quase dois anos, foi também perdoado, bem como Alex van der Zwaan, um advogado holandês condenado a 30 dias de prisão por mentir a investigadores durante a investigação do advogado especial Robert Mueller.
Van der Zwaan e Papadopoulos são o terceiro e o quarto réus da investigação russa a quem foi concedida clemência.
No mês passado, Trump perdoou o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, que duas vezes reconheceu ter mentido ao FBI.
Antes tinha comutado a sentença de outro aliado, Roger Stone, mesmo antes de iniciar o cumprimento de uma pena de prisão de cerca de três anos.
No grupo anunciado na noite de terça-feira, estão igualmente quatro ex-contratados do Governo condenados num massacre em Bagdade em 2007, que deixou mais de uma dúzia de civis iraquianos mortos e causou um enorme debate internacional sobre o uso de seguranças particulares em áreas de guerra.
Na altura, os procuradores afirmaram que a caravana fortemente armada da Blackwater lançou um ataque não provocado com atiradores de elite, metralhadoras e lançadores de granadas.
Os advogados de defesa argumentaram na altura que seus clientes responderam ao fogo após serem emboscados por insurgentes iraquianos.