Os Talibã do Afeganistão denunciaram a decisão do Presidente Donald Trump de suspender conversações de paz com o grupo rebelde na sequência de um ataque bombista em Kabul que vitimou um soldado americano e 11 outras pessoas.
Numa declaração os Talibã afirmam que os negociadores americanos estavam satisfeitos com um acordo negociado em Doha e tinha sido acordado que a 23 de Setembro se iriam iniciar negociações com outras facções afegãs.
Os Talibã disseram que vão continuar a lutar e forçarão oS Estados Unidos a regressar à mesa de negociações.
Trump deveria reunir-se hoje em Camp David com o presidente afegão Ashraf Ghani e dirigentes dos Talibã
A decisão de Trump de suspender negociações apanhou o Afeganistão e países da região de surpresa pois esperava-se que o presidente formalizasse um projecto de acordo alcançado pelo seu enviado especial Zalmay Khalilzad.
Contudo nos últimos dias registaram-se vários ataques de envergadura no Afeganistão, incluindo na capital Kabul, que levantaram duvidas sobre a seriedade dos rebeldes em respeitarem o acordado.
Um porta voz do presidente Ashraf Ghani culpou os Talibã pelo falhanço das negociações afirmando que os rebeldes tinham “uma oportunidade para abraçar a vida politica, mas não o fizeram continuando com violência enquanto negociavam o enviado americano em Qatar”.
O presidente afegão tinha anteriormente manifestado duvidas sobre o acordo devido ao facto de não ter participado nas negociações.
Alguns antigos diplomatas americanos tinham também manifestado duvidas sobre o acordo receando que demasiadas concessões tinham sido feitas aos Talibã