O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai definir ante o Congresso na noite desta terça-feira, 28, os seus planos para o seu primeiro ano de mandato, com destaque para a reforma do sistema de saúde e um aumento na defesa
O discurso a Câmara dos Deputados será a maior oportunidade que Trump já teve de se impor diante de uma audiência imensa no horário nobre e detalhar a sua agenda depois de um primeiro mês caracterizado por conflitos com a imprensa.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o tema do discurso ao Congresso de maioria republicana será "a renovação do espírito americano" e que terá como cerne a forma de resolver os problemas dos norte-americanos comuns.
"Ele irá convidar os americanos de todos os sectores a se unirem a serviço de um futuro mais forte e mais brilhante para a nossa nação", detalhou Spicer na segunda-feira.
Em entrevista concedida à Reuters na semana passada, Trump disse que será um discurso de optimismo, "apesar de eu ter herdado uma confusão total".
O Presidente irá enfrentar uma série de questões.
Os detalhes sobre sua proposta de reformulação do plano de saúde de seu antecessor, Barack Obama, ainda não foram divulgados, e ele ainda tem que explicar como irá financiar um aumento acentuado nos gastos pretendidos para a reconstrução de estradas e pontes do país.
As suas propostas de redução de impostos para milhões de pessoas e empresas ainda não foram esboçadas, a sua estratégia de renegociação de acordos comerciais internacionais não é clara e, na segunda-feira, ele recebeu uma proposta do Pentágono para combater os militantes do Estado Islâmico sobre a qual precisa decidir nos próximos dias.
Um plano de aumento nos gastos de defesa inclui a exigência de que agências federais sem ligação directa com a área reduzam custos para compensar o investimento, como reduções dolorosas que devem ser confrontadas no Congresso.
Alguns republicanos afirmaram que a elevação nos gastos de defesa não basta para as necessidades dos militares.
O decreto presidencial a impedir temporariamente a entrada de imigrantes de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos devido a razões de segurança nacional desencadeou protestos e foi revogado por tribunais federais, mas Trump deve assinar um decreto de substituição na quarta-feira, 1 de Março.