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Tropas do Botswana chegam a Moçambique para integrar força da SADC


Mokgweetsi Masisi, Presidente do Botswana (Foto de Arquivo)
Mokgweetsi Masisi, Presidente do Botswana (Foto de Arquivo)

As tropas do Botswana que vão juntar-se à Força em Estado de Alerta da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) chegam nesta segunda-feira, 26, a Cabo Delgado.

O Presidente Mokgweetsi Masisi despediu-se, de manhã, do contigente militar no Aeroporto Internacional Sir Seretse Khama, em Gaborone, numa cerimónia em que afirmou que “por mais complexa que seja a situação de segurança na região da SADC, como no passado, os objectivos da política externa do Botswana foram e permanecem muito claros: A segurança de Botswana não pode ser alcançada sem a de seus vizinhos”.

Masisi considerou o envio das tropas como “mais um marco nos nossos objectivos definidos de impulsionar a agenda de paz para a nossa região no cumprimento do mandato da SADC, que visa facilitar as condições pacíficas na parte norte da República de Moçambique”.

Os militares seguiram a bordo de aviões da Air Botswana.

De acordo com o ministro da Defesa, Justiça e Segurança, Kagiso Mmusi, seguiram 296 soldados.

Em comunicado, a Presidência da República informou que as Forças de Defesa do Botswana trabalharão com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e outras forças da SADC, incluíndo países que têm acordos bilaterais com Moçambique, a exemplo das forças do Ruanda.

No domingo, 25, o Presidente moçambicano afirmou que o país entrou numa fase crucial na luta contra o terrorismo, em referência ao início das operações de tropas estrangeiras em Cabo Delgado.

Numa comunicação à nação, Filipe Nyusi classificou a entrada das tropas do Ruanda (já no terreno) e da SADC, ainda por chegar na sua totalidade, como sendo “uma acção de solidariedade com o país que não deve ser vista com qualquer receio por parte dos moçambicanos”.

Segundo Nyusi, não há qualquer contrapartida que esteja a ser exigida pelos parceiros para ajudar o país, mas apenas um espírito de solidariedade e ajuda nesta luta contra o que classificou de “global contra o terrorismo”.

Numa avaliação sobre a situação actual em Cabo Delgado, Nyusi disse que a “correlação de forças está a nosso favor”.

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