O juiz do Tribunal de Kempton Park, na África do Sul, William Schutte, adiou para o dia 26 uma decisão final ao pedido de extradição do antigo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, pela justiça americana.
Na audiência desta segunda-feira, 18, os advogados de defesa de Chang defenderam que, agora, cabe ao Presidente da República decidir sobre qual dos pedidos de extradição, dos Estados Unidos ou o de Moçambique, deve ser analisado primeiro.
No passado dia 11, a defesa tinha alegado que a escolha cabia ao ministro da Justiça.
Por seu lado, o Ministério Público manteve a sua posição de que o juiz Schutte deve decidir sobre o pedido dos Estados Unidos, enquanto outro magistrado fará o mesmo em relação ao pedido moçambicano.
A acusação acrecentou que a defesa está a criar expedientes avisa para adiar uma decisão.
Manuel Chang, detido a 29 de Dezembro a pedido da justiça americana sob acusações de fraude bancária e lavagem de capitais no chamado caso das “dívidas ocultas” – que terá custado ao Estado moçambicano quase dois mil milhões de dólares - manifestou o seu desejo de ser extraditado para Moçambique.