Um tribunal de Alexandra, na África do Sul, rejeitou o pedido de caução a dois dos quatro jovens acusados da morte do imigrante moçambicano Manuel Jossias Sithole, há exactamente um mês.
A juíza Syta Prinsloo disse que, a avaliar pela brutalidade aplicada sobre um homem indefeso, seria muito perigoso para sociedade conceder caução aos jovens e marcou o início do julgamento para 27 de Maio, mantendo os acusados sob custódia.
O jovem imigrante moçambicano foi brutalmente assassinado exactamente no dia 18 de Abril por quatro jovens, numa das ruas do bairro de Alexandra, em Joanesburgo.
Um dos acusados tem 17 anos e por ser menor de idade será julgado nos termos da legislação de protecção da criança em conflito com a lei na África do Sul.
Hoje o menor de idade não esteve no tribunal. O segundo acusado não pediu caução.
Os outros dois solicitaram a sua libertação imediata sob caução através de um advogado privado, mas a juíza rejeitou o pedido.
A reportagem gráfica e textual do jornal dominical sul-africano Sunday Times foi usada como prova inequívoca da crueldade dos acusados.
O Governo sul-africano insiste que Manuel Sithole foi vítima de pura criminalidade, mas a juíza Syta Prinsloo considera que o acto não foi isolado da onda da xenofobia contra imigrantes, sobretudo africanos que na altura assolava o país.