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Tribunal liberta 11 taxistas detidos em Luanda por falta de provas e retoma julgamento de 22


Taxistas libertados pelo Tribunal da Comarca de Luanda, Angola, 12 de Janeiro de 2021
Taxistas libertados pelo Tribunal da Comarca de Luanda, Angola, 12 de Janeiro de 2021

Advogado diz que a Polícia Nacional não conseguir apresentar provas

O Tribunal da Comarca de Luanda, em Angola, retoma nesta quarta-feira, 12, o julgamento de 22 dos 33 taxistas detidos na segunda-feira, na sequência dos distúrbios no bairro Benfica, em Luanda, que terminaram em fogo posto na sede do comité distrital do MPLA e num autocarro do Ministério da Saúde.

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O advogado de defesa dos taxistas disse à VOA que 11 deles foram colocados em liberdade depois de os agentes da polícia não terem conseguido provar o seu envolvimento na vandalização dos bens públicos e privados.

Taxistas absolvidos - 2:44
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“No auto, consta a acusação de vandalização de uma ambulância, enquanto a polícia fala em tentativa de invasão de uma esquadra”, explicou Laurindo Sahana Wandakeya.

“Num crime de valorização é importante que cada actuante pessoalize o que cada detido fez e quando não consegue indicar a acusação não faz sentido”, acrescentou o advogado que pediu a libertação de todos os detidos.

“Não quero me pronunciar se o julgamento é politico ou não, mas devo dizer que estamos aqui para defender a justiça, por isso apelamos que todos os envolvidos seja postos em liberdade”, concluiu.

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Os distúrbios e as acusações

Recorde-se que as associações de taxistas já suspenderam a greve e denunciaram a prisão de 100 dos seus membros, que se encontram em diversas cadeias de Luanda.

Na segunda-feira, 10, no início da greve, cidadãos revoltados com a falta de táxi, atearam fogo na sede do comité do distrito do MPLA no bairro Benfica e num autocarro do Ministério da Saúde, que ficou completamente destruído.

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A polícia informou ter detido 17 pessoas e o secretário provincial do MPLA, Bento Bento, pediu esclarecimentos à UNITA por, segundo ele, "haver pessoas com a indumentárias" daquele partido entre os atacantes.

Em resposta, o secretário provincial da UNITA, Nelito Ekuikui, condenou o acto e, sobre a acusação da MPLA, diz que tudo aponta ter sido "uma cabala política do regime para incriminar o partido" do galo negro.

Os taxistas reclamam a perseguição policial, violação dos direitos económicos e sociais, discriminação no cumprimento do decreto sobre o estado de calamidade pública entre táxis e autocarros, falta de profissionalização da actividade e da carteira profissional e a exclusão dos taxistas nas políticas públicas.

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