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Tribunal são-tomense liberta antigo presidente do Parlamento acusado de ser um dos autores morais da alegada tentativa de golpe


Delfim Neves, presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe
Delfim Neves, presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe

Tribunal não encontrou indícios de envolvimento de Delfim Neves, segundo seu advogado

O antigo presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, alegadamente envolvido na tentativa de golpe de Estado da passada sexta-feira, 25, foi posto, em liberdade sob termo de identidade e residência nesta terça-feira, 29.

O advogado de defesa Hamilton Vaz informou que o tribunal da primeira instância conclui que não existem “indícios sólidos e fortes” do envolvimento do seu constituinte na alegada tentativa de subversão da ordem constitucional.

Na madrugada do dia, 25, um grupo de quatro homens assaltou o quartel das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe e fez refém o oficial do dia que ficou gravemente ferido, de acordo com o Estado-maior do exército.

As autoridades governamentais e o Presidente da República, Carlos Vila Nova, anunciaram que tratou-se de uma tentativa de golpe de Estado com envolvimento de figuras políticas.

Entre os autores Morais do ataque foram apontados Delfim Neves e Arlécio Costa, um antigo militar do ex-batalhão búfalo da África do Sul que acabou morrendo no quartel depois de ter sido detido pelos militares em sua residência.

Dos quatro assaltantes, segundo o Estado maior das Forças Armadas, três também faleceram depois de terem sido capturados com vida e neutralizados pelos militares.

A morte dos quatro homens gerou uma onda de indignação dentro e fora do país.

Organizações internacionais e membros da sociedade civil condenaram o que consideraram de prática de tortura e violação dos direitos humanos.

O Ministério Publico ordenou a abertura de dois inquéritos, um para apurar as circunstâncias das mortes e outro para esclarecer a alegada tentativa de golpe de Estado.

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