O Tribunal Provincial do Huambo estaria a pressionar Julino Kalupeteca a escolher um outro advogado depois de ter impedido, na semana passada, que os actuais assistentes fossem ao monte Sumi fazer a reconstituição dos incidentes de Abril passado.
O advogado Salvador Freire, líder da Associação Mãos Livres, considera a exigência como sendo ilegal e acusa o juiz da causa de, com tal atitude, pretender encontrar advogados que satisfaçam os seus intentos.
Freire denunciou na passada semana que o Tribunal provincial deu o dito por não dito ao proibir, à última hora, a defesa de ir ao local do crime.
O juiz teria justificado que as informações da Polícia Nacional sobre a ocorrência eram suficientes.
José Julino Kalupeta e outros seguidores da seita A Luz do Mundo são acusados, entre outros, de crime de homicídio qualificado pelo envolvimento nos incidentes que resultaram na morte de nove polícias e 13 civis, segundo dados oficiais.
A oposição e organizações da sociedade civil falam em centenas de mortes.
