O Tribunal de Luanda decidiu nesta segunda-feira, 7, prescindir-se dos declarantes no julgamento dos 17 activistas acusados de rebelião e actos preparatórios de golpe de Estado.
A decisão foi tomada no reinício do julgamento e depois de nenhum dos declarantes ter comparecido ao tribunal.
A retomada do julgamento começou com o juiz a expulsar da sala de audiência a maioria dos reús por estarem trajados com camisolas que exibiam bonecos e dizeres como “palhaços”, em solidariedade ao colega Nito Alves condenado a seis meses de prisão por chamar o julgamento de uma palhaçada.
Apenas três réus ficaram na sala.
De seguida, a pedido do Ministério Público, o juiz decidiu prescindir-se dos declarantes que vinham sendo notificados através do Jornal de Angola e transformá-los em arguidos por crime de desobediência.
Entre eles constam José Julino Kalupeteca, Marcolino Moco, Alexandra Simeão, Fernando Macedo, Justino Pinto de Andrade, Abílio Kamalata, Rafael Marques de Morais, Filomeno Vieira Lopes, Makuta Nkondo, Joao Paulo Ganga, José Patrocínio Ministério e Fernando Heitor.
O juiz Januário Domingos José marcou para a próxima segunda-feira as alegações finais do julgamento.