A próxima audiência do caso de “dívidas ocultas” de Moçambique, em Londres, será em janeiro de 2021.
O processo é movido pelo Estado Moçambicano alegando, entre outros, que o processo de contratação de dívidas para alegados projetos de pesca e proteção costeira foi uma fraude.
Moçambique pede a anulação das garantias soberanas emitidas pelo ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, para viabilizar a dívida da ProIndicus, no valor de 622 milhões de dólares contratado a Credit Suisse em 2013.
O Centro de integridade Pública (CIP), de Moçambique, viu documentos da Secção Comercial do Tribunal Superior de Londres, que comprovam a audiência, após a rejeição de petições da Privinvest.
A Privinvest era a principal fornecedora de bens e serviços para a materialização de tais projetos.
Na nova audiência, vão como arguidos, algumas entidades do Credit Suisse, antigos funcionários deste banco, a Privinvest e proprietário Iskandar Safa.
Para ajudar a esclarecer o caso, segundo o CIP, o tribunal londrino arrolou alguns cidadãos moçambicanos envolvidos no processo das “Dívidas Ocultas”, entre eles o ex-presidente Armando Guebuza e seu filho Armando Ndambi Guebuza, o ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, entre outros.