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Trump condenado a pagar 83,3 milhões de dólares a escritora por difamação


E. Jean Carroll, ao centro, deixa o tribunal federal em Nova Iorque, 26 jan 2024
E. Jean Carroll, ao centro, deixa o tribunal federal em Nova Iorque, 26 jan 2024

Um júri de um tribunal de Nova Iorque decidiu que o antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve pagar 83,3 milhões de dólares de indemnização à jornalista e escritora E. Jean Carroll por difamação.

Carroll processou Trump em 2019 por menosprezar a sua alegação de que ele a agrediu sexualmente numa loja na década de 1990 e pediu pelo menos 10 milhões dólares ao empresário, argumentando que ele havia prejudicado a sua reputação como jornalista.

O veredito foi proferido nesta sexta-feira, 26, por um júri de nove pessoas, composto por sete homens e duas mulheres.

O júri levou cerca de 3 horas e meia para tomar a decisão.

Trump compareceu ao banco das testemunhas na audiência de ontem para se defender das acusações e manteve a sua posição de que eram falsas.

Trump, o provável candidato republicano em 2024 para concorrer contra o Presidente democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, negou até mesmo conhecer Carroll, agora com 80 anos.

Depois de o veredito ter sido anunciado, Trump escreveu na sua plataforma de mídia social, Truth Social, que vai recorrer da decisão e classificou o caso de “caça às bruxas dirigida por Biden”.

Esta é a segunda vez em menos de um ano que um júri aborda a alegação de Carroll de que Trump a difamou ao negar que a agrediu.

Em maio de 2023, outro júri determinou que Trump abusou sexualmente de Carroll na década de 1990 e ordenou que o antigo Presidente pagasse a Carroll 5 milhões de dólares pelos comentários que ele fez em 2022.

Trump também recorreu contra a decisão.

O caso atual centrou-se nos comentários feitos por Trump em 2019, enquanto era Presidente.

Ela negou repetidamente conhecer Carroll e disse que ela não era “meu tipo”.

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