O antigo ministro das Finanças de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, foi posto em liberdade no final da quarta-feira, 3, sob Termo de Identidade e Residência e o pagamento de uma caução de 100 mil euros no prazo de 15 dias.
O ex-governante está também proibido de se ausentar do país, de acordo com a decisão do juiz de instrução criminal do Tribunal da Primeira Instância, depois de o Ministério Público ter mandado arquivar o processo e ordenado a libertação imediata de Américo Ramos.
A advogada de defesa, Celisa de Deus Lima, no entanto, considera “estranha” a nova medida de coação decreta pelo juiz.
Américo Ramos esteve durante três meses em prisão preventiva, acusado de prática de crimes económicos pela Polícia Judiciária.
Em causa, estão dois contratos de empréstimo financeiro no valor de 47 milhões de dólares assinados em nome do Estado São- tomense por Ramos.
Depois de investigar o caso, o Ministério Público concluiu que o antigo ministro das Finanças não cometeu os crimes de que foi acusado, mas o Tribunal da Primeira Instância considera que sobre Américo Ramos recaem outras acusações da Polícia Judiciária que precisam ser esclarecidas e aplicou-lhe medidas de coação menos gravosas.
A advogada de defesa do também actual conselheiro do Presidente da República insiste em afirmar que tem havido manipulação política no processo.