A companhia suiça Trafigura foi acusada formalmente no país de não ter tomado medidas para impedir um esquema de suborno de cerca de 5 milhões de dólares em Angola.
A aucusação envolve também o antigo executivo da companhia Mike Wainwright que já se reformou, mas desmentiu as acusações
De acordo com procuradores suíços, a Trafigura pagou ao funcionário do setor petrolífero angolano Paulo Gouveia Júnior para este aprovar oito contratos de aluguer (charter) de navios e um contrato de abastecimento em 2009/2010.
Este suborno rendeu à Trafigura 144 milhões de dólares de lucro.
Dinheiro em paraíso fiscal
Os procuradores dissera que, entre 2009 e 2011, a Trafigura depositou 4,3 milhões de dólares numa companhia sediada nas Ilhas Virgens e designou Paulo Gouveia Junior como beneficiário desses fundos.
Gouveia Junior, alegadamente, recebeu outros 600 mil dólares em dinheiro em Angola.
As transações foram efetuadas através de um intermediário descrito como um "consultor" que previamente trabalhou para a Trafigura e que era o seu único cliente.
A procuradoria suíça afirma que este intermediário era conhecido como o “Sr. não cumpridor” e acusa Mike Wainwright de ter estado pessoalmente envolvido no esquema de suborno tendo alegadamente assinado alguns dos documentos envolvidos nas transações.
O nome do “Sr. Não cunmpridor” não foi revelado e desconhce-se se ele recebeu parte desse dinheiro
Wainwright nega as acusações e os seus advogados disseram que planeiam apresentar uma defesa “robusta”.
Se for considerada culpada, a compania terá que entregar às autoridades os rendimentos obtidos através do esquema, cerca de 150 milhões de dólares, cerca de 2% do seu lucro total em 2o23.
Não houve até agora qualquer reação das autoridades angolanas ou de Paulo Gouveia Júnior.
A Trafigura é um empresa importante no desenvolvimento do Porto de Lobito, em Benguela.
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