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Trabalhadores dos portos são-tomenses suspendem actividade e exigem demissão da direcção da empresa


Porto de Ana Chaves, São Tomé e Príncipe, 3 Junho 2022
Porto de Ana Chaves, São Tomé e Príncipe, 3 Junho 2022

Eles acusam empresa de alugar rebocadores e os carros dos próprios gestores, director-geral refuta

Os trabalhadores da Empresa Nacional de Portos de São Tomé e Príncipe (Enaport) suspenderam toda actividade de carregamento e descarga de navios e exige como condição para o regresso ao trabalho a demissão da direcção da instituição que gere os dois portos do país.

Os gestores da Enaport são acusados pelo sindicato e pelos trabalhadores de má gestão e apontam como exemplos o aluguer de rebocadores a outras empresas e dos carros dos próprios gestores da empresa.

O director-geral da empresa acusa as partes de chantagem devido ao ano eleitoral.

Os portos de Ana Chaves, na cidade de São Tomé, e de Santo António, na Ilha do Príncipe, estão paralisados há mais de 24 horas e os navios a bordo não carregam nem descarregam mercadorias.

“São os trabalhadores que decidiram paralisar tudo face a má gestão e exigem o afastamento da actual direção”, disse Adelino Silva, responsável do sindicato da Enaport, e avisou que só retomam os trabalhos quando o ministro da tutela e o primeiro-ministro, com quem já se reuniram, demitirem os directores da Enaport.

O diretor geral da empresa, Diogo Nascimento, por seu lado, acusa os trabalhadores e o sindicato de chantagem, aproveitando o período eleitoral que se vive no país.

“No passado já se alugou rebocadores a preços mais elevados e ninguém reclamou”, respondeu Diogo Nascimento perante a acusação de estar a alugar rebocadores de outras empresas ao preço de 40 mil euros mensais.

Quanto à acusação do aluguer de viaturas privadas dos próprios directores a0 preço de 35 dólares por dia, Diogo Nascimento respondeu ser verdade.

"As nossas viaturas atribuídas pelo Governo foram apreendidas pelo tribunal, e como temos direito, por lei, a ter viatura do Estado a solução que encontramos é alugar as nossas próprias viaturas por metade do valor praticado no mercado”, afirmou o diretor-geral da Enaport.

O Governo prometeu uma reacção a qualquer momento.

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