Os trabalhadores da Agripalma, a maior unidade agro-industrial de São Tomé e Príncipe, estão descontentes com as condições de trabalho e de alojamento fornecidas pela empresa suportada pelo capital franco-belga e pediram a intervenção do Governo, socio minoritário, para evitar a paralisação dos trabalhos.
Desde de 2021, os cerca de mil trabalhadores da Agripalma reclamam a deterioração das suas condições de vida e de trabalho.
A empresa vocacionada para a produção de óleo de palma nasceu em 2009 em Ribeira Peixe, no sul de São Tomé.
Agripalma explora uma área de cerca de 5 mil hectares de palmeiras.
A fábrica de produção de óleo de palma inaugurada em 2019, produz mais de 10 mil toneladas por ano.
União Europeia, Suíça e China são os principais destinos de exportação do óleo orgânico produzido pela empresa.
“Aqui não temos água, nem para beber, nem para tomar banho”, diz um dos trabalhadores que prefere o anonimato, acrrescentando que as casas para o alojamento das suas famílias já não têm condições de habitabilidade.
“A chuva aqui é constante e quando chove eu e o meu filho ficamos sem onde dormir”, afirma outro trabalhador da fábrica de óleo de palma.
O director geral da Agripalma, Marc Van Strydonck, diz que a empresa de capital maioritário franco-belga está a priorizar o pagamento dos salários.
“Aqui os trabalhadores recebem cerca de três salários mínimos praticados no país e nunca falha o pagamento ao fim do mês”, disse o gestor da Agripalma.
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