Os trabalhadores da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) pretendem entrar em greve, por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, 22, em protesto contra a não satisfação do seu caderno reivindicativo, apresentado à direcção da empresa em 2019.
Em causa, de acordo com Bernardo Tungo, membro da comissão negociadora, estão pagamento dos salários, a melhoria das condições de vida dos trabalhadores efectivos e em idade de reforma, o seguro de saúde, entre outras exigências.
“Quando o trabalhador sofre algum acidente de trabalho tem que pagar o tratamento tirando do seu próprio bolso. O sistema de cobranças não foi modernizado o que facilita os roubos envolvendo alguns responsáveis”, sustenta Tungo, que ainda se queixa de salários em atraso.
Em conversa com a VOA, Bernardo Tungo disse que o sindicato pede desculpas à população de Luanda pela decisão tomada em período de festas, mas afirma que o comportamento da entidade patronal “não nos deixa outra alternativa que não entrar em greve”
O sindicalista acrescentou, entretanto, que serão mantidos os serviços mínimos para assegurar o abastecimento de água aos citadinos de Luanda.