A empresa de transporte de combustível Transfuel enfrenta uma greve dos seus trabalhadores desde a segunda-feira, 21, depois de recusar negociar com o núcleo sindical da empresa filhado no Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Marítimos, Portuários, Ferroviários e Afins.
Em causa, os grevistas apontam a falta de um qualificador ocupacional, o não pagamento das horas extras e o exercício abusivo do poder disciplinar
O abastecimento de combustível aos diferentes pontos de distribuição está suspenso, enquanto os grevistas queixam-se de estarem a sofrer pressão por parte das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional (PN).
O camionista Jeremias Diogo, trabalhador da empresa há mais de nove anos, diz que a falta de respeito contra os trabalhadores, por parte de autos funcionários daquela empresa, levou-os a criarem um núcleo sindical local, o que não agradou a entidade patronal.
“A direcção da empresa não respeita os funcionários da empresa”, conta Diogo, denunciando ainda que a empresa está a recrutar novos funcionários, “o que é proibido por lei”.
“Também tem aqui elementos da polícia e das FAA a nos aterrorizar a vida e nós não queremos confusão, nem com a polícia nem com a empresa, nem com ninguém”, sublinha.
Edison Dilangue, coordenador do Comité de Jovens e assistente técnico do Sindicato, diz que esta primeira etapa da greve vai até dia 5 de Julho e caso a entidade patronal não aceite negociar será então declarada um nova para tempo indeterminado.
“Dentro dos fundamentos da greve estão a falta de um qualificador ocupacional, o não pagamento das horas extras e o exercício abusivo do poder disciplinar”, conclui Dialngue.
A empresa ainda não se pronunciou sobre o assunto.