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Três mortos em ataques israelitas no Iémen, segundo os rebeldes Houthi


Fumo após ataques israelitas perto do aeroporto de Sanaa
Fumo após ataques israelitas perto do aeroporto de Sanaa

O exército israelita anunciou na quinta-feira, 26, ter atingido “alvos militares” dos rebeldes Houthi no Iémen, que acusa de estarem “no centro do eixo do terror iraniano”.

Três pessoas morreram e 14 ficaram feridas ou desaparecidas na sequência dos ataques israelitas ao aeroporto de Sanaa e a outros alvos no Iémen, informaram na os rebeldes Huthi, apoiados pelo Irão.

Duas pessoas morreram e 11 ficaram feridas no aeroporto da capital controlada pelos rebeldes, e uma pessoa foi morta e três desapareceram no porto de Ras Issa, segundo os Huthi.

O chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, diz estar “são e salvo” após o atentado no aeroporto de Sanaa.

Segundo o exército israelita “os caças atingiram alvos militares do regime terrorista Houthi na costa ocidental e no interior do Iémen”, declarou em comunicado.

“Os alvos atingidos incluem infra-estruturas militares utilizadas pelos Houthis no Aeroporto Internacional de Sanaa e nas centrais eléctricas de Hezyz e Ras Katanib”, acrescentou. “O exército também atacou infra-estruturas militares nos portos de Hodeida, Salif e Ras Katanib, na costa oeste”.

O exército afirmou ter respondido aos “repetidos ataques” dos rebeldes iemenitas “contra o Estado de Israel e os seus cidadãos”. Netanyahu afirmou que os ataques do seu país contra os rebeldes huthi do Iémen vão continuar “até que o trabalho esteja concluído”.

O Irão já reagiu, condenando os ataques israelitas contra os aliados de Teerão, qualificando-os de “crime”.

“Estes ataques constituem uma clara violação da paz e da segurança internacionais e um crime contra o povo heroico do Iémen, que não se poupou a esforços para apoiar o povo oprimido da Palestina face à ocupação e ao genocídio”, declarou o porta-voz dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, em comunicado.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, que foi desencadeada em 7 de outubro de 2023 por um ataque sem precedentes em solo israelita pelo movimento islâmico palestiniano Hamas, os Houthis lançaram numerosos ataques contra Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse na segunda-feira que tinha pedido ao exército para “destruir as infra-estruturas” dos rebeldes, cujo míssil, dois dias antes, feriu 16 pessoas em Telavive, no centro de Israel.

“O regime terrorista Houthi está no centro do eixo de terror iraniano e os seus ataques contra navios internacionais e rotas marítimas continuam a desestabilizar a região e o resto do mundo”, denunciou o exército israelita na quinta-feira.

Os rebeldes, que controlam uma grande parte do Iémen, atacam regularmente navios que acreditam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido, no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, apesar dos ataques de retaliação contra o seu território, também efectuados pelo exército americano.

Fazem parte daquilo a que o Irão chama o “eixo de resistência” a Israel, que inclui também o Hamas, grupos iraquianos e o Hezbollah libanês.

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