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"Toda a população do norte de Gaza corre o risco de morrer", alerta ONU


EDITORS NOTE: Graphic content / TOPSHOT - Um homem carrega o corpo de uma criança que foi resgatada dos escombros após os bombardeamentos israelitas na casa de quatro andares da família Muqat, no bairro de Zarqa, no norte da cidade de Gaza, em 26 de outubro de 2024
EDITORS NOTE: Graphic content / TOPSHOT - Um homem carrega o corpo de uma criança que foi resgatada dos escombros após os bombardeamentos israelitas na casa de quatro andares da família Muqat, no bairro de Zarqa, no norte da cidade de Gaza, em 26 de outubro de 2024

As Nações Unidas (ONU) avisam que a população do norte de Gaza corre o risco de morrer e pediu o fim imediato do “flagrante desrespeito pela humanidade básica e pelas leis da guerra” cometido pelas forças de Israel.

“O que as forças israelitas estão a fazer no norte da Faixa de Gaza sitiada não pode continuar”, disse Joyce Msuya, subsecretária-geral interina para os Assuntos Humanitários e coordenadora da ajuda de emergência da ONU, na rede social X.

“Toda a população do norte de Gaza está em risco de morrer”, avisou.

Msuya alertou ainda que “os abrigos foram esvaziados e incendiados, as famílias foram separadas e os homens e rapazes levados em camiões”. A funcionária da ONU informou que os hospitais foram atingidos, que os profissionais de saúde foram detidos e os socorristas impedidos de socorrer as pessoas.

De acordo informação dada pelo ministro da saúde de Gaza à Organização Mundial de Saúde (OMS), o cerco ao hospital Kamal Adwan, um dos últimos em funcionamento no norte, terminou, “mas com um custo elevado”.

44 funcionários estavam detidos.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a situação como “catastrófica”, numa publicação no X. “As operações militares intensivas que se desenrolam em torno e dentro das instalações de cuidados de saúde e a escassez crítica de material médico, agravada por um acesso extremamente limitado, estão a privar as pessoas de cuidados que salvam vidas”, escreveu.

Ghebreyesus lembrou que os hospitais devem ser protegidos e que "qualquer ataque a instalações de cuidados de saúde constitui uma violação do direito humanitário internacional”.

De acordo com a ONU, relatos apontam que centenas de palestinianos foram mortos desde que as forças de segurança israelitas renovaram a sua ofensiva no norte de Gaza no início deste mês.

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