As Nações Unidas (ONU) avisam que a população do norte de Gaza corre o risco de morrer e pediu o fim imediato do “flagrante desrespeito pela humanidade básica e pelas leis da guerra” cometido pelas forças de Israel.
“O que as forças israelitas estão a fazer no norte da Faixa de Gaza sitiada não pode continuar”, disse Joyce Msuya, subsecretária-geral interina para os Assuntos Humanitários e coordenadora da ajuda de emergência da ONU, na rede social X.
“Toda a população do norte de Gaza está em risco de morrer”, avisou.
Msuya alertou ainda que “os abrigos foram esvaziados e incendiados, as famílias foram separadas e os homens e rapazes levados em camiões”. A funcionária da ONU informou que os hospitais foram atingidos, que os profissionais de saúde foram detidos e os socorristas impedidos de socorrer as pessoas.
De acordo informação dada pelo ministro da saúde de Gaza à Organização Mundial de Saúde (OMS), o cerco ao hospital Kamal Adwan, um dos últimos em funcionamento no norte, terminou, “mas com um custo elevado”.
44 funcionários estavam detidos.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a situação como “catastrófica”, numa publicação no X. “As operações militares intensivas que se desenrolam em torno e dentro das instalações de cuidados de saúde e a escassez crítica de material médico, agravada por um acesso extremamente limitado, estão a privar as pessoas de cuidados que salvam vidas”, escreveu.
Ghebreyesus lembrou que os hospitais devem ser protegidos e que "qualquer ataque a instalações de cuidados de saúde constitui uma violação do direito humanitário internacional”.
De acordo com a ONU, relatos apontam que centenas de palestinianos foram mortos desde que as forças de segurança israelitas renovaram a sua ofensiva no norte de Gaza no início deste mês.
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