O presidente-interino do Município de Nampula, Manuel Tocova, confirma o porte ilegal de uma pistola, que diz ter obtido de um amigo, em 2015.
A arma com a qual foi detido, ontem, é do seu amigo Pedro Ussene.
“Pedi emprestado a arma, pistola, ao senhor Pedro Ussene, mas com uma condição de um valor, três mil meticais, por mês” disse Tocava em Nampula. O valor é correspondente a pelo menos 50 dólares americanos.
Tocova está detido no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique.
Questionado sobre a razão de uma arma ilegal, Tocovo disse que era para “minha defesa pessoal,” após a eleição para o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Nampula.
A detenção de Tocova foi após denúncias de algumas pessoas dando conta de que o presidente interino tinha uma arma de fogo e 100 munições.
O porta-voz da PRM em Nampula Zacarias Nacute, disse que ainda é prematuro determinar se terá sido a mesma arma que tirou a vida do edil Mahamudo Amurane no dia da paz, 4 de Outubro.
Comissão de gestão e corrida eleitoral
Os serviços de investigação criminal dizem que a investigar o caso e irão realizar exames especializados.
Entretanto, na ausência do presidente interino, a Assembleia Municipal vai convocar uma sessão extraordinária para criar uma comissão de gestão do município até a tomada de posse do presidente que será eleito nas intercalares de 24 de Janeiro de 2018.
As formações políticas já tornaram pública a sua participação no escrutínio.
Filomena Mutoropa, do Partido Humanitário de Moçambique, anunciou a candidatura.
O secretário-geral da Frelimo, Silva Roque, que está de visita a Nampula disse que o seu partido vai dentro de poucos dias realizar eleições internas para escolher o seu candidato.