O autor do relatório sobre a presença de campos de treino para terroristas em Moçambique diz que aqueles campos já fizeram o seu trabalho e os operacionais já foram para a África do Sul.
Ronald Sandee diz que os campos terroristas em Moçambique começaram a operar entre 2004 e 2005, logo depois de a África do Sul ter sido escolhida como anfitriã do Mundial de Futebol.
Sandee, responsável pelo relatório da Fundação NEFA que alega a existência dos campos, diz numa entrevista à agência LUSA que dois se situavam em Nampula e outro em Tete.
Segundo ele, os instrutores somalis e muçulmanos indianos com ligações à al-Qaeda, escolheram áreas que antes pertenciam à Renamo e onde o controle do governo é mais frouxo.
Aquele analista adianta que os terroristas entraram em Moçambique com vistos válidos, emitidos pelo consulado moçambicana em Karachi, no Paquistão
Ronald Sandee, antigo agente dos serviços secretos holandeses agora a viver nos EUA, acredita os operacionais treinados em Moçambique já se encontram na África do Sul. O governo moçambicano, note-se, desmentiu a existência dos campos.
Mas, Sandee diz que as autoridades chegaram a prender e deportar alguns operacionais de vários países, mas sem ser de forma continuada.
Refere a existência de conflitos entre o Ministério do Interior, os serviços secretos e o exército, dizendo que o Interior queria fazer algo mas parece incapaz. Adianta que alguma coisa pode mudar agora, porque há forte pressão sul-africana.
Os campos terroristas em Moçambique começaram a operar entre 2004 e 2005