A polícia da Catalunha, na Espanha, matou quatro suspeitos de promover um novo ataque terrorista numa operação em Cambrils, a 120 km de Barcelona, onde, cerca de 10 horas antes, uma carrinha avançou sobre uma multidão, provocando 13 mortos e mais de 100 feridos.
"Matamos os suspeitos", revelou a polícia da Catalunha, que considerou estar a tratar o acto como terrorista, como o de Barcelona.
Os serviços de emergência divulgaram que um policia e seis civis ficaram feridos, dos quais dois em estado grave.
A polícia admite que o incidente em Cambrills esteja relacionado com o ataque no início da tarde em Barcelona e com a explosão de uma casa em Alcanar na noite de quarta-feira, 16.
O incidente ocorreu à frente do Clube Náutico de Cambrils, numa zona de pedestres, assim como ataque em Barcelona.
Testemunhas disseram que um homem armado corria pela orla da cidade.
As autoridades pediram às pessoas para que não saíssem às ruas de Cambrils, tendo depois abatido os quatro assaltantes.
Ataque em Barcelona
A meio da tarde, nas imediações da praça Catalunha, uma carrinha irrompeu no meio de uma multidão em Rambla, uma das principais vias de Barcelona.
Treze pessoas morreram e mais de 100 pessoas ficaram feridas.
A polícia prendeu dois suspeitos de ligação com o ataque – um espanhol e um marroquino -, mas indicou que nenhum deles seria o condutor, que continua em fuga foragido.
Há informações não confirmadas que dois outros homens teriam entrado num restaurante armados.
Um terceiro suspeito morreu numa troca de tiros com a polícia.
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria, mas as autoridades espanholas não confirmaram a informação.
O grupo tem reivindicado muitos ataques que depois não se confirmaram.
As vítimas são de, pelo menos, 18 nacionalidades.
Condutor em fuga
A carrinha usada no ataque foi alugada por um homem chamado Driss Oukabir, em Santa Perpetua de la Mogada, município perto de Barcelona.
A imprensa chegou a divulgar uma foto de Driss Oukabir dizendo ser ele o autor do ataque.
Mais tarde, ainda segundo a imprensa, Oukabir apresentou-se na esquadra policial de Girona, a cerca de 100 km de Barcelona, e afirmou que os seus documentos tinham sido roubados e que no momento do ataque ele estava em Ripoll, uma das cidades desta província.
Luto
Numa mensagem à nação no fim da noite, o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, disse que, "lamentavelmente", os espanhóis conhecem muito bem a dor absurda que causa o terrorismo.
"Sabemos que os terroristas se vence com uma ideia institucional, com cooperação, com prevenção", referiu antes de decretar o luto oficial de três dias no país.