O Presidente americano, Donald Trump, alertou que as duas próximas semanas serão “muito difíceis” no combate ao novo coronavírus no país e admitiu até 240 mil mortes, mesmo que o distanciamento social seja obedecido.
"Quero que cada americano esteja preparado para os dias difíceis que se avizinham. Vamos atravessar duas semanas muito difíceis", afirmou Trump na conferência diária na Casa Branca, juntamente com o gabinete de crise contra a pandemia.
Trump acrescentou que estão a ser recolhidos cerca de 10 mil ventiladores porque "o aumento está a chegar" e depois, “com esperança, (...) vamos começar a ver alguma luz ao fundo do túnel”.
Nas últimas 24 horas, foram registadas 700 mortes nos Estados Unidos, atingindo o número de 3.900.
Até a noite desta terça-feira, 31 de março, tinham sido registados mais de 188 mil casos positivos
Donald Trump acrescentou que os esforços para o distanciamento social são uma questão de vida ou morte e pediu aos americanos que sigam as regras do Governo.
Na conferência de imprensa, Anthony Fauci, o principal especialista de doenças infecciosas do país, disse que os números são preocupantes e pediu aos americanos que acelerem os esforços para mitigar a doença.
“Nós continuamos a ver as coisas subirem, não podemos ser desencorajados porque a mitigação na verdade está a funcionar e vai funcionar”, afirmou.
A médica especialista Deborah Birx, coordenadora do gabinete de crise, por seu lado, reconheceu que as primeiras projeções colocavam o número de mortes entre 1,5 milhão e 2 milhões, mas que esse era o pior dos cenários, que não levava em consideração os esforços de distanciamento social.
“Nós realmente acreditamos que podemos ter resultados melhores que este”, concluiu.